Piscina no joelho

 



  Naquela noite eu olhei para aqueles prédios e o céu azul escuro por aproximadamente uns 30 minutos seguidos, sozinha com "as vozes da minha cabeça". 


  Tinha estado ali naquele mesmo local fazem exatos dez anos e a água batia quase no meu pescoço, e hoje batia na minha cintura. Vários flashbacks voltaram quase de forma imperceptível de mim brincando na água enquanto boas músicas tocavam.


  Foi aí que uma menininha apareceu na piscina e atrapalhou meus pensamentos nostálgicos. Um dia era eu a criança que sempre puxava assunto com adultos, e a tia da vez aquele dia era eu... nossa! Que baque.


O tempo tinha passado.


Eu era outra. O céu era outro. Mas o lugar continuava exatamente igual e eu só conseguia sentir a sensação de que algo não estava certo... era difícil aceitar que na verdade a mudança era eu. Pelo menos sai de lá com uma amiguinha assim como fazia nos velhos tempos e com um sentimento de nostalgia difícil de por em palavras.