Saudades do Sushizinho

 


  Quando pensava em adotar um gato eu achava que as responsabilidades eram demais para mim, era algo que era fora de questão e que não arrumaria de jeito nenhum até que estivesse estabilizada financeiramente, com muito dinheiro e um Golden Retriver.

  Acontece que a vida é inesperada demais, e o destino me presenteou com o Sushi. Um gato chato, que morde meu pé, mia por carência e come muito. Ele chegou todo pititico escondido em uma cadeira da cozinha e não conseguia nem cheirar a mão das pessoas de tanto medo.

  A rotina fez ele se acostumar comigo e dia após dia, ele foi se adaptando, subir na minha mesa, deitar do lado enquanto eu trabalhava, se jogar na lixeira toda hora, e meu amor por ele crescia a cada dia.

  Depois de um mês longe dele, percebo a falta que ele faz. Seus olhos amarelinhos me olhando o dia todo, o pelo parecendo que levou um choque... E me dói só de pensar que ele está ficando tanto tempo sozinho. 

  Me peguei chorando de saudade. Por sorte, estou voltando para encher um pouco mais o saco dele.