Uma vez alguém me disse que sentia arrepios quando me beijava... Daqueles que mexiam com ela e perder a razão. Apesar de ouvir isso, nunca tinha sentido algo assim de verdade, até eu me deixar levar e eu acabar beijando alguém em um dia corriqueiro.
Nunca me entreguei tanto enquanto lutava com minha cabeça: a razão negava de mil formas diferentes, era tanta coisa passando pela cabeça que diziam para eu não encostar nele de jeito nenhum que seria até incapaz de contar. A caderneta verde que eu entreguei estava vazia naquele dia, mas se fosse hoje teria dado ela cheia de escritas para tentar representar minimamente o quanto eu o amo.
Poucos segundos foram um choque. Beijar ele foi como assumir para mim mesma que aquilo não era só coisa da minha cabeça, era real e sentia o mesmo. Eu entrei em total parafuso naquele momento. E agora? O que eu deveria fazer se não fingir que aquilo não tinha acontecido?
Droga... 15 minutos depois a gente se beijou de novo. Aí eu percebi que a partir daquele momento minha vida ia mudar de cabeça para baixo.
Naqueles dias estava ouvindo muito a música do V "FRIENDS" que dizia o seguinte:
"You're in my head
I had plans for the weekend (ah)
But wound up with you instead (ah)
Back here again (oh)
Got me deep in my feelings
When I should be in your bed (oh)
You and I go back to, like, oh-nine, it's like forever
And you were there my lonely nights, yeah, keeping me together
So wouldn't it make sense if I was yours and you could call me your baby?
But we say we're just, say we're just
Friends, just for now
(...)
//
Você está na minha mente
Eu tinha planos pro fim de semana (ah)
Mas, em vez disso, acabei com você (ah)
Aqui de novo (oh)
Fiquei louco de amor
Quando deveria estar na sua cama (oh)
Você e eu somos amigos desde, tipo, 2009, parece que faz uma eternidade
E você estava lá nas minhas noites solitárias, é, me consolando
Então, não faria sentido se eu fosse seu e você pudesse me chamar de amor?
Mas nós dizemos que somos só, dizemos que somos só
Amigos, por enquanto
(...)
Ouvi essa músicas diversas vezes pensando no "e se..." e o "e se" aconteceu. Algumas semanas depois eu estava na casa dele, e mais uns dias eu estaria segurando um anel de papel feito para mim, e pode ter certeza que eu amei ter aceitado. Algumas situações como essa na vida me fazem pensar em como certas coisas estavam escritas o tempo todo...
Se recuperei minha razão? Ele carrega minha razão por aí. É como se eu nem tivesse mais.
Quem escreve?
Thay, aquela que ama um sorvete de flocos. No fim das contas, é simplesmente a brisa em pessoa e está sempre fotografando por aí. Hufflepuff.